terça-feira, 15 de outubro de 2013

Quero ser como Jesus



Quero ser como Jesus

Há pouco tempo, escrevi um artigo dizendo que “Quero ser como criança”, afinal, as crianças têm muito a nos ensinar, mas hoje, quero falar de nosso maior exemplo, aquele a quem devemos imitar: Jesus Cristo.
Imagine se todas as pessoas do mundo, em determinado momento, resolvessem viver como Jesus viveu. Imaginem se todos os habitantes do Universo resolvessem imitar nosso Salvador, deixando todo o resto de lado. Você tem alguma dúvida de que o mundo seria totalmente diferente?
Sei que diversos livros já foram escritos falando do que podemos aprender com Jesus, mas, ainda assim, ouso tocar novamente nesse assunto e salientar algumas coisas que aprendo sobre o Mestre e quero que sejam refletidas através da minha vida.
Quero ser compassivo como Jesus (Mt 9.36). Quero olhar para as pessoas e me preocupar com elas. É impressionante quando o texto diz que Jesus viu a multidão e “teve grande compaixão deles”. Vivemos num mundo muito egoísta: cada um pensa no que é seu e o outro que se vire, quando Jesus nos ensina o oposto. O Filho de Deus, ao contemplar a multidão, teve compaixão. Sabe o que quer dizer isso? Quando vejo alguém chorando, tenho que fazer alguma coisa. Quando vejo alguém passando necessidade, tenho que fazer alguma coisa. Quando vejo alguém que está caminhando na direção do Inferno, tenho que fazer alguma coisa. Jesus demonstrava grande preocupação com as pessoas. Onde está a compaixão do povo de Deus? O que temos feito por aqueles que estão a nossa volta, sofrendo, precisando de alguém que os tire do lamaçal? Quero ser compassivo assim.
Quero ser fonte de alívio como Jesus (Mt 11.28). Nosso mundo está cheio de problemas e eu não quero ser um problema a mais para as pessoas. “Teólogos de plantão”, sei que Jesus tem o alívio que ninguém pode dar. Não estou aqui trazendo nenhuma heresia, mas apenas dizendo que posso ajudar o meu próximo a fazer uma jornada mais tranquila. As pessoas já têm muitos problemas e eu não quero ser mais um. Não sou a fonte do alívio, mas posso refletir o alívio de Cristo emprestando meu ombro amigo, emprestando meus ouvidos, trazendo palavras de conforto, ânimo e coragem àqueles que estão precisando.
Quero que minha prioridade de vida seja fazer a vontade de Deus (Jo 4.34). Vivemos a época das distrações. A indústria do entretenimento cresce assustadoramente e, na mesma proporção, parece diminuir a nossa vontade de priorizar o fazer a vontade de Deus. Jesus disse que a comida dele era fazer a vontade de Deus. Temos uma missão a cumprir, você se lembra? Não estamos no mundo por acaso. Precisamos ter isso em mente: Nossa prioridade de vida deve ser fazer a vontade de Deus. Da mesma forma que não podemos ficar sem comer, não podemos menosprezar o que Deus quer que nós façamos no mundo. E para que fique bem claro: Deus quer que preguemos a Palavra, salvemos almas!
Bem, estendendo um pouco essa questão de fazer a vontade de Deus, não posso deixar de falar que fazer a vontade de Deus é abrir mão de nossa vontade. Além de pregar a Palavra, devemos viver o que Deus quer para nós e, às vezes, isso pode doer e doer muito! Deus pode ter coisas bem específicas para a vida de cada um e quando fugimos disso, as consequências podem ser nada agradáveis. Mas, nesse momento, olho para a Bíblia e vejo Jesus dizendo: “... Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39). Jesus sabia o quanto iria sofrer, como esse momento iria doer, mas preferiu fazer a vontade de Deus. Quero ser assim.
Quero ter comunhão com Deus (Mt 26.36). O momento não era um dos melhores, mas, nesse momento, o que Jesus fez? Foi dar uma voltinha? Foi procurar uns amigos? Foi tomar um remedinho? Não. Jesus foi orar, foi conversar com Deus. Olhando a vida de Jesus, vemos o quanto a oração era importante para ele e oração tem a ver com comunhão, intimidade. Quero ter essa intimidade com Deus, ter essa necessidade de falar com ele da mesma forma que Jesus falava. De que adianta cantar que queremos mais de Deus e nunca o procurarmos? De que adianta cantar que não podemos viver sem Deus, se não o buscamos? Vamos parar de falsidade, certo?
Quero ter a ousadia de Jesus. Jesus falava o que tinha de falar e pronto, não era de mandar recados. Ele confrontava líderes religiosos como os escribas e fariseus e falava abertamente sobre a hipocrisia deles. Quero ter essa ousadia. Não estamos aqui para fazer média com ninguém. A verdade bíblica tem de ser pregada, independente das caras feias e da perda de “amigos”. Precisamos dessa firmeza e eu quero ser assim.
Quero amar como Jesus. Não dá para deixar isso de lado. Se tem algo que chama atenção na vida de Jesus é o quanto ele amou. Se tem uma passagem que gosto demais e que prova esse amor é a de Lucas 23.34, quando Jesus foi crucificado e, mesmo assim, ele diz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...”. Jesus demonstrou, nesse momento, um grau de amor elevado demais! Ele não pediu fogo do céu, não pediu que aquelas pessoas fossem tomadas por alguma enfermidade... não. Jesus pediu o perdão de Deus para aquelas pessoas. Que amor é esse? Jesus estava demonstrando seu amor por nós, morrendo em nosso lugar e demonstrando seu amor pelas pessoas que o estavam crucificando e zombando dele. Ele perdoou aquelas pessoas. O tamanho do perdão de Jesus é na mesma proporção de seu amor. Eu quero ser assim, quero amar desse jeito, viver bem com todos e perdoar sempre. Se Jesus perdoou algo tão grande, quem sou eu para não perdoar alguém? Temos uma dívida: o amor. “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8).
Querido, sinceramente: quero ser como Jesus. A Bíblia diz que devemos andar como ele andou e ele disse que nos deu o exemplo para que pudéssemos imitá-lo. Não há exemplo maior, não há exemplo melhor. Quero ser como Jesus. E você?

Wanderson Miranda de Almeida. 

Publicado em O Jornal Batista em 29/12/2013.