sábado, 2 de junho de 2018

O que você tem para oferecer às pessoas?


“E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.
E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola.
E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós.
E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa.
E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.
E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram.
E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus”. (Atos 3:1-8).

Vamos conversar sobre necessidades? O papo não é chato, eu creio. A questão na qual estava pensando é a seguinte: “Todas as pessoas precisam de algo!”. Será que estou dizendo besteira? Não creio. E como posso provar isso? Fácil! Vou dar apenas um exemplo no momento: todos os seres humanos precisam do ar, pois se não for assim, vão morrer. Mas além do ar, que é necessário à nossa sobrevivência, precisamos de muitas outras coisas. Somos diferentes, temos necessidades diferentes, mas sempre estamos precisando de algo e, em alguns casos, esse “algo” pode fazer a diferença entre a tristeza ou a felicidade; entre a saúde ou a doença; entre a morte ou a vida… Conseguiu me entender?
Se conseguiu, continue pensando comigo. Há muitas pessoas necessitadas, mas por quê? Responder isso pode ser muito complicado, no entanto, quero falar de um fator que faz diferença nessa situação. “Que fator?”, você me pergunta. Eu digo: “Você!”. Espero não estar complicando as coisas por aqui. Quero ajudar, não, complicar. Talvez você tenha parado, pensado e se perguntado agora: “Eu tenho a culpa de existirem pessoas necessitadas? Como?”. Não suprindo suas necessidades. Já sei que muitos vão dizer que quem tem de cuidar disso é o governo, a família, as instituições construídas para isso… São vários os exemplos, eu sei. Não vou dizer que você está totalmente equivocado se pensar assim, mas também não está pensando como aquele que esteve neste mundo para servir e não para ser servido, Jesus Cristo. Se ser cristão é andar como Cristo andou, então precisamos suprir as necessidades das pessoas. Não vamos conseguir supri-las totalmente, mas isso não pode nos impedir de vivermos uma vida de serviço ao próximo.
De repente você pode estar parado agora e pensando: “Como posso fazer isso?”. Eu posso dizer que são várias as formas, já que as pessoas têm necessidades diferentes. Então, você pode pensar: “Como vou saber quem está precisando de algo e de que está precisando?”. Seja observador! Você vai descobrir muitas pessoas que necessitam de você. Além disso, você pode ser pego de surpresa. É, isso mesmo!
Você saiu de casa, foi dar uma caminhada, fazer compras, jogar futebol, passear, trabalhar, ir à igreja… quando alguém se aproxima e pede sua ajuda. E agora? Foi assim que aconteceu com Pedro e João. Eles saíram de casa, foram andando, provavelmente batendo um papo, tendo como direção o templo. Eles estavam indo orar. Que maravilha! Sem querer cortar o resto do meu raciocínio, lembre-se que a oração é essencial para quem quer ter intimidade com Deus. Vamos lá! Quando Pedro e João iam entrando no templo, um homem coxo, que estava ali todos os dias para pedir esmolas, quando os viu e, como sempre fazia, pediu-lhes uma grana! Eles foram pegos de surpresa. O texto não diz que eles esperavam por isso. Eles não saíram de casa com essa intenção mas aconteceu. Isso também pode acontecer com você. Se acontecer, o que você fará? Espero que aproveite o momento e ajude. Às vezes você não procura alguém para ajudar mas a pessoa o procura. Algumas pessoas podem estar olhando para você agora, só esperando você fazer alguma coisa por elas. O que você vai fazer, querido?
Pedro olhou para o coxo e disse: “Olhe para nós!”. O coxo, provavelmente, pensou: “Agora vou ganhar uma graninha!”. Era isso que ele queria, não era? Imagine nessa crise que está nosso Brasil. Eu também gostaria de receber uma ajuda. Bem, deixe isso para lá! O coxo ficou olhando para eles. Deve ter sido algo meio estranho para o coxo. Será que alguém, algum dia, tinha falado isso com ele? “Olhe para nós?”. Dei uma viajada, mas é uma boa hipótese. Ele pode ter pensado no motivo da frase “olhe para nós”. Talvez ele tenha pensado: “Só quero meu dinheiro!!!”.
Sinceramente, o que ele pensou eu não sei, mas ele olhou e esperava receber alguma coisa. Ele só não sabia o que iria receber, isso eu tenho certeza! Se um coxo me parar na rua e me pedir dinheiro, ele vai esperar que eu lhe dê dinheiro. Dificilmente vai pensar em receber algo melhor, ainda mais com tanta maldade nesse mundo. Talvez peça dinheiro e, com medo de receber um tiro, mas graças a Deus, não foi isso que aconteceu com o coxo.
O texto bíblico diz assim: “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (Atos 3:6). Pedro e João não tinham dinheiro, mas o coxo ganhou algo muito melhor! Ele recebeu a cura da sua enfermidade! Por que ele conseguiu a cura? “Porque ele pediu algo”, talvez você diga. Verdade, mas muitos pedem e não recebem. Só que, neste caso, alguém resolveu oferecer o que tinha para ajudar a um necessitado. Como resultado, um coxo foi curado e saiu louvando a Deus. O que você tem para oferecer às pessoas? Pense nisso e faça acontecer! Deus o abençoe!

Se não tiver amor, não adianta


O que você faz bem? O que você domina? Talvez você seja alguém de muitos dons, muitos talentos, muitas qualidades e talvez até se orgulhe disso. Será que é assim? Mas talvez você não seja tão bom assim, mas admira alguém que tenha todas essas virtudes. Cheguei mais perto agora?
Olha, você não está errado em nenhuma dessas hipóteses, mas ao mesmo tempo, essas coisas não significam nada! “O quê?” – você pergunta. É isso mesmo! Dons, talentos, conhecimentos, qualidades, virtudes... não significam nada, a não ser que sejam motivados pelo amor. Entendeu agora? Pode ser meio confuso, mas é isso que a Bíblia diz. Vamos pensar em alguns exemplos?
Pense em uma pessoa que fale bem, bem mesmo! É alguém que nos atrai com seu discurso. Imaginemos um homem. Vou dar o nome de Carlos. Ele é fera! Quando Carlos fala, as pessoas param para ouvi-lo. Ele é encantador, bem humorado, culto, tem uma voz bonita, é sábio, articula bem seus pensamentos... Todos gostariam de ouvi-lo. Normalmente, ele faz palestras sobre o desenvolvimento pessoal. É persuasivo e muito otimista, reúne multidões... Mas tem um problema. “Qual?” – você pergunta. Ele não faz isso por amor. E isso é importante? Para Deus, sim: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine” (1 Coríntios 13:1). Carlos pode ser o melhor palestrante ou orador do mundo, mas se não tem amor, de nada adianta.
Vamos a um outro caso. Agora é a vez da Karla. Ela é bonita, simpática, mas o que mais chama atenção nessa moça é sua cultura. Ela é super inteligente, sabe conversar sobre tudo. Sabe aquele tipo de pessoa? Você começa a falar sobre política, e a pessoa toma conta do pedaço; você resolve conversar sobre ciência, e a pessoa manja demais; você parte para geografia, história, filosofia, religião, conhecimentos gerais... e a pessoa continua dominando a conversa. O que é isso? Cultura, conhecimento. Sabe quanto vale isso? De acordo com a Bíblia, de nada! Vejamos: “Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei” (1 Coríntios 13:2). Conhecimento, inteligência e sabedoria sem amor não valem de nada.
Mas esse versículo 2 ainda fala de outra coisa: a fé. Isso! Quem seria capaz de dizer que a fé não tem importância? Sabemos que “sem fé é impossível agradar a Deus”, não é? Com a fé você pode transportar montes, já pensou nisso? Você chega diante de um monte e diz: “Saia daqui e vá para o outro lado”, de repente, o monte lhe obedece. Seria extraordinário, não? E se você estivesse com alguém doente na sua família, orasse e a pessoa ficasse curada pela sua fé? Maravilhoso! Mas sem amor, não vale de nada! Não estou louco! A Bíblia diz assim.
Que tal agora falarmos do rei da generosidade? Vamos chamá-lo de Fábio. Ele é muito rico, talvez seja o homem mais rido do mundo. Um dia, Fábio estava andando por uma de suas grandes empresas e pensou o seguinte: “Eu tenho muito e tanta gente passando fome. Vou dar um novo sentido à minha vida, vou doar todo o meu dinheiro, repartir todas as minhas posses com as pessoas que não têm nada”. Que bela iniciativa, não? Ele fez isso mesmo: doou tudo! Agora podemos dizer que esse gesto tem um valor enorme, não tem? A Bíblia diz que não: “Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá” (1 Coríntios 13:3). Fábio podia entregar até seu corpo, mas sem amor isso não vale de nada.
São quatro exemplos diferentes, quatro situações diferentes, mas que nos levam a uma mesma conclusão: a motivação deve ser o amor. Não estamos falando da forma como o homem vê. Estamos falando da forma como Deus vê. O homem é iludido facilmente por atitudes externas, mas Deus vê o coração; lembre-se disso.
Toda e qualquer atitude que o homem tome pode ser muito elogiada, louvável, mas só tem um problema: se não tiver amor, de nada adianta.

Wanderson Miranda de Almeida.