“Não julgueis, para que não sejais
julgados” (Mateus 7.1).
Há
uma grande confusão sobre julgar ou não julgar. Algumas pessoas pegam o
primeiro versículo de Mateus 7 e sempre dizem, quando falamos alguma coisa:
“Pare de me julgar!” ou “Julgar é pecado!”. Na verdade, elas não devem conhecer
Mateus 7.6: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as
vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos
despedacem”, pois se conhecessem, não falariam tal besteira. Esse texto
demonstra que, às vezes, precisamos julgar. Será que o chefe não pode criticar
um funcionário que está agindo mal no trabalho? Isso é julgar. Será que não
posso chegar perto de uma pessoa que está vivendo no erro e falar com ela que
isso pode trazer consequências ruins para sua vida? Isso também é julgar e
claro que não é disso que Jesus está falando.
Lendo
esse texto, temos que entender que Jesus está dizendo que “o cristão não deve
ter um espírito acusador, que o leva a julgar e a condenar as pessoas” (O Novo
Comentário Bíblico do Novo Testamento – Editora Central Gospel). Aliás, é bom
lembrar que o acusador é o diabo e cristãos verdadeiros não querem se parecer
com ele, certo? Espero que tenha
concordado, mas é triste ver como as pessoas julgam e condenam as outras com a
maior tranquilidade. As “pessoas metralhadoras” estão por aí, julgando,
atirando para todos os lados, condenando e destruindo vidas com suas palavras
equivocadas de julgamento.
Uma
coisa é certa: os seres humanos erram muito ao julgar. Sim, como erramos.
Olhamos para uma pessoa e dizemos: “Como ela é metida!”. Como podemos saber
disso antes de conviver com essa pessoa? Deus nos deu esse poder? Se você tem,
eu não tenho, sinto muito. Olhamos para a roupa de alguém e logo pensamos que
sabemos se ela é rica ou não. Quanta falta de maturidade! Há pobres que se
vestem com roupas caras e há ricos que se vestem com roupas baratas, você
sabia? Olhamos para alguém sério e pensamos: “Essa pessoa é confiável, íntegra,
madura…”. Muitas vezes isso é apenas um disfarce, uma “máscara” para esconder
uma vida de podridão, enquanto o risonho e brincalhão não é bem visto por muitos, mas, muitas vezes, é o exemplo
que deveria ser seguido. Guarde isso: não dá para julgar a quem não se conhece!
Que
tal olhar para você antes de julgar ao outro? “E por que reparas tu no argueiro
que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” (Mateus
7:3). Os que gostam de julgar, normalmente não atentam para os próprios erros,
que podem ser enormes, mas veem, de longe, o erro dos outros, mesmo que sejam
pequeninos. Antes de sair por aí dando sua sentença sobre as pessoas, que tal
avaliar sua própria vida? Tem um rapaz
que amava me dizer o seguinte: “Você é pecador!”. Ele parou com isso porque eu
sempre dizia: “Conte-me uma novidade, pois isso eu já sei!”. Também o lembrava
que todos são pecadores, até ele. Além da frase, a intenção dele era me atingir
por eu ser cristão. Talvez me visse como alguém que se considerava melhor por
ser cristão, mas não sou mesmo. Disse a ele que é por isso que preciso de Jesus
e já faz algum tempo que ele não toca mais nesse assunto. Aproveitando, quero dizer o seguinte: Sou
pecador! Não vou escrever minha lista de pecados aqui, mas sei muito bem o
quanto sou carente da graça de Deus tanto quanto todos os homens, inclusive
você. Ainda quero dizer que não estou arrumando desculpas para meus pecados,
sei que eles existem, que não sou perfeito, mas sou um pecador arrependido e
que vivo para Cristo.
Não
seja hipócrita! O termo foi usado por Jesus e está no versículo 5: “Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho
do teu irmão” (Mateus 7:5). Antes de ficar julgando os que estão a sua volta,
ficar olhando o cisco do olho deles, tire a viga do seu olho. Quando tomamos
conta da vida dos outros, esquecemo-nos de tomar conta da nossa vida. Não se
dirija a alguém como se fosse superior, porque você não é superior. Depois de
um autoexame espiritual, de uma limpeza, de olhar para dentro de si, de um
arrependimento profundo, você estará pronto para tirar o cisco de outra pessoa.
Mas que isso seja feito com a intenção de ajudar. “Quando tivermos de corrigir
alguém, devemos agir como um bom médico, cujo objetivo é curar o paciente, não
atacá-lo como a um inimigo” (O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento –
Editora Central Gospel). Tenho tentado fazer assim. Faça isso também! Deus nos
abençoe!
Wanderson
Miranda de Almeida
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